quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Empresa portuguesa cria dispositivo contra escaras


Empresa portuguesa cria dispositivo contra escaras
Uma empresa portuguesa lançou esta semana um dispositivo microeletrónico que vai auxiliar as equipas de enfermagem a prevenir o aparecimento das úlceras de pressão (também conhecidas como escaras)em pacientes acamados.

O equipamento dá pelo nome de MovinSense e foi elaborado pela Tomorrow Options, empresa que nasceu a partir de um grupo de pesquisa do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores do Porto (INESC), ligado à Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP).

O dispositivo microeletrónico da Tomorrow Options, empresa spin-off INESC TEC/FEUP, tem como objetivo prevenir o aparecimento de úlceras de pressão, um tipo de ferida que é fácil de evitar e que por essa razão é considerado um erro clínico. O tratamento destas feridas é dispendioso, custando em média cerca de 4% do orçamento de saúde de um país desenvolvido.

O aparelho é colocado no peito do paciente acamado e que está privado da capacidade de se movimentar sozinho. O equipamento regista a posição do doente e comunica via wireless com as equipas de enfermagem, emitindo um sinal de alerta sempre que for necessário reposicionar o paciente.

Para os doentes acamados, a reposição deve ser executada, em média, no mínimo de duas em duas horas, embora o intervalo de alteração da posição do paciente varie consoante a condição de cada paciente.

O MovinSense é o único equipamento do mercado que monitoriza o paciente e não a cama. Por outro lado, este dispositivo exige um investimento financeiro menor e ocupa menos espaço de armazenamento.

A vantagem principal do equipamento lançado pela empresa portuguesa é que ataca o problema principal, ou seja, evitar a sobre-exposição da mesma área do corpo à pressão.

Segundo informação apresentada no portal do INESC, um colchão antiescaras e uma cama articulada elétrica custam em média mais de 1000 euros e um colchão com sensores de pressão custa em média mais de 2000 euros.

O MovinSense permite monitorizar 10 pacientes e exige apenas um esforço monetário de cerca de 6.500 euros, já que o sistema só requer a compra de um aparelho emissor e de tantos aparelhos recetores quantos os pacientes a monitorizar.

Cada aparelho tem um custo de 400 euros e bateria com autonomia para mais de uma semana. O MovinSense encontra-se numa fase adiantada de testes, e segundo o INESC está praticamente pronto a entrar no mercado, estando a empresa já a negociar a sua distribuição com empresas da Suécia, EUA e Holanda.

Clique AQUI para aceder à informação do INESC.

Clique AQUI para conhecer a Tomorrow Options.

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