segunda-feira, 19 de março de 2012

Material médico: saiba quando compensa comprar ou alugar


Se precisa de uma canadiana, cadeira de rodas ou cama articulada, faça contas
ao tempo de recuperação. Até uma semana, compensa alugar.
Mais do que isso, compre o material de pequeno porte e alugue o restante.

Material médico: saiba quando compensa comprar ou alugar
O tempo que vai precisar deste material determina se deve
 alugar ou comprar. No caso do equipamento de pequeno porte,
 como  andarilhos,  tripés, muletas e canadianas, é mais 
vantajoso alugar  para períodos curtos (até 7 dias). As bengalas
 são uma excepção, pois compensa  sempre comprar. Quanto às
 canadianas, diferença é pequena: pode comprar a partir de
 3 euros ou alugar durante uma semana a partir de 2,10 euros.
Se a necessidade de apoio se prolongar por mais tempo, compensa
comprar um produto de pequeno porte. Quando não precisar do
 equipamento e quiser desfazer-se dele, verifique se existe alguma
entidade, como um centro social ou paróquia, que o aceite. As associações de bombeiros, a
Santa Casa da Misericórdia e a Cruz Vermelha são outras instituições que, à partida, têm 
interesse em ficar com o equipamento.
Até 90 dias, as cadeiras de rodas e o material de grande porte, como camas articuladas e
colchões, ficam mais baratos se alugar.
Para saber qual a melhor opção, consulte os preços de compra e de aluguer na sua localidade:






Outra alternativa é pedir emprestado. Associações de bombeiros, misericórdias, Cruz
Vermelha ou centros sociais, entre outros, emprestam alguns produtos de apoio sobretudo
aos mais carenciados. Algumas destas entidades cobram uma caução, para garantir a
devolução em boas condições. Para requerer o empréstimo, pode ter de apresentar um
atestado médico e a declaração de IRS ou um atestado da junta de freguesia a comprovar
os baixos rendimentos.

Apoios, comparticipações e seguros

Em caso de internamento num hospital público, este fornece o equipamento necessário
para a alta, prescrito pelo médico.
Se o equipamento for prescrito pelo médico do centro de saúde, por exemplo, terá de pedir
comparticipação à Segurança Social. Para tal, entregue, no centro distrital da sua área de
residência, uma ficha de prescrição, uma fotocópia legível do bilhete de identidade e três
orçamentos para aquisição do material necessário. Cabe àquele organismo avaliar a
necessidade do equipamento na vida do requerente. O problema é que os pedidos nem
sempre são satisfeitos por falta de verbas.
A compra e o aluguer também podem ser comparticipados pelos subsistemas de saúde, como
a ADSE ou o SAMS. Contacte os seus serviços médicos e sociais para saber o valor a que tem
direito. Em geral, o paciente paga a totalidade do seu bolso e recebe a comparticipação mais
tarde, após entregar a prescrição médica e as faturas do equipamento.
Os seguros de saúde com a cobertura de próteses e ortóteses comparticipam a compra ou o
aluguer do equipamento, desde que prescrito por um médico. Verifique a apólice.
Se o subsistema ou seguro apenas comparticipar a compra, talvez esta fique mais barata do
que alugar sem nenhuma comparticipação. Convém fazer bem as contas antes de tomar uma
decisão.
O IVA é reduzido para certos produtos de apoio e desde que tenha um comprovativo da
despesa de aquisição ou aluguer pode deduzi-la no IRS. O fisco considera 30% do que gastar,
sem outro limite, caso o produto ou serviço esteja isento de IVA ou sujeito à taxa reduzida
(6 por cento). Se a taxa de IVA for superior, o limite é de 65 euros, tendo como percentagem
máxima os mesmos 30%: pode apresentar o total de gastos e os serviços fazem as contas.
Neste caso, deve guardar a prescrição médica.

Fonte: Deco/Proteste

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